A Selic (taxa básica de juros) deve ser elevada nesta quarta-feira (17) após 17 meses registrando queda e manutenção até ficar em 2% ao ano.
A previsão do mercado é de que o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central anuncie uma elevação entre 0,25 e 0,50 ponto percentual ao fim da reunião, prevista para acabar às 18h30.
Com esta alta, os investimentos de renda fixa voltam a ser atrativos? A resposta é sim.
Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor executivo da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), diz que à medida que a Selic sobe, os investimentos atrelados a juros sobem também.
Tanto a poupança vai ganhar um pouco mais, já que o rendimento da modalidade corresponde a 70% da Selic, quanto os fundos de renda fixa e CDBs que têm a taxa como referência.
Para Luiz Fernando Carvalho, estrategista da Ativa Investimentos, se a alta da Selic se consolidar, o ideal é que o investidor que prefere a renda fixa, opte por modalidades com indexadores flutuantes.
“A taxa pré-fixada não é aconselhada, já a flutuante oferece um percentual de CDI ou IPCA mais juros”, pontua ele.
O economista cita algumas opções:
• Fundos imobiliários;
• Debentures; e
• CDBs indexados em CDI.
“Se formos comparar dois investimentos com taxas flutuantes, CDI mais 3% ou IPCA mais 3%, por exemplo, eu fico com a segunda opção porque, como a curva de juros do Banco Central está um pouco atrás da inflação, ela está corrigindo e acelerando mais rápido. Enquanto a inflação tem uma correção mensal, as atualizados do BC são feitas em 45 dias.”
O Copom começou a série de quedas consecutiva da Selic em setembro de 2019, quando passou de 6,5% ao ano em agosto daquele ano, para 6% ao ano em setembro.
Desde então, a taxa básica de juros vem registrando consecutivas quedas até agosto de 2020, quando chegou a 2% ao ano.
Nos meses seguintes, o Copom decidiu pela manutenção da taxa que segue a 2% ao ano até a próxima quarta-feira, quando deve ser anunciada a elevação.
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