As negociações coletivas firmadas em fevereiro resultaram na perda real do salário para 74,7% das categorias, de acordo com Salariômetro, divulgado nesta quarta-feira (24), pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Os dados mostram ainda que 17,1% das reposições salariais foram superiores ao INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado dos últimos 12 meses (5,5%). Os demais acordos (8,2%) apenas compensaram a inflação aos profissionais.
De acordo com o Salariômetro, o reajuste médio nominal recebido pelos trabalhadores em fevereiro foi de 4,8%, mesmo patamar registrado em janeiro.
Os números mostram ainda que a quantidade de negociações (1.492) volta ao nível pré-reforma trabalhista, que passou a valer em novembro de 2017. Também foi retomada a tendência de negociar para prazo superior a um ano.
Em termos salariais, as negociações coletivas resultaram em um piso mediano de R$ 1.179 aos trabalhadores, valor 7,2% superior ao salário mínimo de R$ 1.100.
O piso das remunerações apresentadas, no entanto, é maior entre as convenções coletivas (R$ 1.200). Já os acordos firmaram como base um salário de R$ 1.178 em fevereiro.
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