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Meio Ambiente: gerenciamento de resíduos sólidos na construção civil

A gestão de resíduos sólidos é um dos desafios mais urgentes da sociedade moderna, exigindo a participação ativa de diversos setores para promover a sustentabilidade.

Por: Ana Paula Costa Fonte: Assessoria
15/07/2024 às 16h32
Meio Ambiente: gerenciamento de resíduos sólidos na construção civil
Foto/Divulgação.

A coleta seletiva de lixo e a reciclagem desempenham papéis cruciais nesse cenário, e a construção civil, como um dos maiores produtores de resíduos, tem uma responsabilidade significativa nesse contexto.

A coleta seletiva ou recolha seletiva é o termo utilizado para o recolhimento dos materiais que são possíveis de serem reciclados, previamente separados na fonte geradora.

Este sistema facilita a reciclagem e a correta destinação dos materiais, diminuindo a quantidade de lixo encaminhada aos aterros sanitários, e envolve a separação dos resíduos em categorias como papel, plástico, vidro, metal e orgânicos. Cada tipo de resíduo requer um tratamento específico para ser reutilizado ou reciclado de maneira eficaz.
Ramalho da Construção, presidente licenciado do Sintracon – SP (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo) explica que a construção civil é responsável por uma grande parcela dos resíduos sólidos gerados nas cidades. Estes resíduos incluem entulhos, restos de materiais de construção, demolições e reformas.

“A gestão adequada desses resíduos é fundamental para reduzir o impacto ambiental e promover a sustentabilidade no setor”, enfatiza.

Ramalho defende que aprofundar nossa compreensão sobre os tipos de resíduos que surgem nas obras, entender as normas e leis que regulam essa questão e descobrir estratégias práticas para enfrentar esses desafios é uma necessidade urgente.

A classificação dos resíduos sólidos é um processo que permite a separação dos materiais com base em suas características físicas, químicas e biológicas, essa classificação é fundamental para garantir o gerenciamento eficiente dos resíduos da construção civil.

A Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) no 307, de 2002, estabelece a classificação dos resíduos sólidos da construção civil em quatro classes:

Classe A: resíduos reutilizáveis ou recicláveis, como componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto, inclusive solos provenientes de terraplanagem.
Classe B: resíduos que podem ser reciclados ou reaproveitados, como papel, papelão, plástico, metal, vidro, gesso e madeira.
Classe C: resíduos perigosos, para os quais não existem tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a reciclagem ou recuperação, como lã de vidro, lã de rocha, cola e vedantes, cimento e cal.
Classe D: resíduos perigosos provenientes do processo de construção, como tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde originados de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde.

A Lei Federal no 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), classifica os resíduos sólidos em dois grupos:

Grupo I: resíduos perigosos, que apresentam risco à saúde pública ou ao meio ambiente.

Grupo II: resíduos não perigosos, que não apresentam risco à saúde pública ou ao meio ambiente.

As duas classificações se complementam, e tem como propósito direcionar os resíduos para as destinações apropriadas, evitando impactos ambientais e econômicos.

Com uma vida dedicada à construção civil, ao canteiro de obras, as necessidades do trabalhadores da construção e com um próximo relacionamento com as empresas do ramo, Ramalho afirma que há muitos desafios e obstáculos que precisam ser superados para garantir um impacto ambiental mínimo, entre eles, ele enumera:

- a falta de conscientização;

- infraestrutura inadequada para o tratamento eficiente dos resíduos de construção;

- resistência devido a preocupações com custos adicionais e mudanças nos processos de construção;

- a fiscalização insuficiente das práticas de gerenciamento de resíduos;

- desafios logísticos;

- e a quantidade significativa de resíduos que aumenta ao desafio de encontrar maneiras sustentáveis de lidar com eles.

Sugere ainda estratégias sustentáveis que colocam a construção civil como parceira no papel de amiga do meio ambiente e da sustentabilidade.

· Planejamento e projeto sustentável: Adotar práticas de construção sustentável desde o planejamento, utilizando materiais recicláveis e técnicas que minimizem a geração de resíduos.

· Gestão de resíduos sólidos: específico para cada obra. Criar um Plano de Gerenciamento que deve incluir um plano detalhado para a segregação, coleta, acondicionamento, transporte e destinação dos resíduos, de acordo com as classificações estabelecidas nas normas.

· Treinamento e Conscientização: Treine sua equipe sobre a importância do gerenciamento adequado de resíduos. Conscientizar os trabalhadores e incentivá- los a adotar práticas responsáveis é fundamental.

· Reutilização de materiais: Incentivar a reutilização de materiais de construção, como tijolos, metais e madeiras.
· Tecnologias sustentáveis: Investir em tecnologias que reduzem o desperdício e aumentam a eficiência no uso dos recursos.

· Parcerias com Empresas de Reciclagem: Busque parcerias com empresas de reciclagem locais para garantir que os resíduos recicláveis sejam devidamente processados.

Os benefícios da Seletiva Coletiva são inúmeros:
· Redução do impacto ambiental: A separação correta dos resíduos diminui a poluição do solo, da água e do ar.

· Economia de recursos naturais: A reciclagem de materiais reduz a necessidade de extração de matérias-primas.

· Geração de emprego: O setor de reciclagem cria oportunidades de trabalho, desde a coleta até a transformação dos materiais.

· Conscientização ambiental: A seletiva coletiva educa a população sobre a importância da sustentabilidade.

· Redução de custos: A reutilização e reciclagem de materiais podem diminuir os custos com a compra de novos insumos.

· Valorização de mercado: Práticas sustentáveis aumentam a reputação da empresa e podem agregar valor aos empreendimentos.

· Conformidade legal: Atender às legislações ambientais vigentes e evitar multas por descarte inadequado de resíduos.
A coleta seletiva e a reciclagem são fundamentais para a construção de um futuro sustentável. Esses resíduos, frequentemente negligenciados, têm um impacto substancial em nosso meio ambiente.

A construção civil, como um dos principais geradores de resíduos, tem um papel essencial nesse processo. Adotar práticas sustentáveis, promover a gestão adequada de resíduos e investir em tecnologias verdes são passos cruciais para minimizar o impacto ambiental e contribuir para a preservação dos recursos naturais. A colaboração entre setores e a conscientização da sociedade são pilares indispensáveis para o sucesso dessa jornada rumo à sustentabilidade, finaliza Ramalho da Construção.

 

Fonte: Assessoria / Por AL9 Comunicação

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