A canção inaugura um novo tempo para a banda que carrega mais de duas décadas de história, fé, amizade e música. 

A trajetória da Torre do Rei remonta aos anos de 2001 e 2002, quando um grupo de adolescentes da Igreja Metodista Wesleyana de Volta Redonda (RJ) dava os primeiros acordes sob o nome “Banda Salém”, uma referência ao nome ancestral de Jerusalém. O nome foi uma sugestão do então pastor Anderson Caleb, mas o espírito da banda era outro: jovens unidos não apenas pela fé, mas também por uma amizade profunda — algo que se manteve mesmo com a mudança de nome e de fases.

Hoje, esses amigos cresceram, amadureceram musicalmente e espiritualmente, e se firmam como a Torre do Rei, uma banda que simboliza a vigilância, a oração e a proclamação, como as antigas torres dos castelos reais — mas agora, servindo ao Rei dos Reis.

Os guardiões do som

A Torre do Rei é formada por quatro músicos que colocam o coração em cada nota: Fabinho Quintão é a alma criativa por trás das composições. Vocalista, guitarrista e produtor, é ele quem traduz em melodias e letras a essência da banda. Marcos, no teclado e vocais de apoio, traz harmonia e emoção às faixas, sendo a segunda voz que acompanha cada passo da jornada musical do grupo.

Daniel, baterista desde os tempos de Salém, combina técnica e história. É parte do alicerce rítmico e espiritual da banda. Vinícius, baixista de talento notável, é o único membro vindo da Assembleia de Deus, somando ainda mais diversidade ao som da Torre do Rei. Também atua em outros projetos, como a banda Quartal Jazz.

"Sal da Terra": mais que música, é transformação

Composição de Fabinho Quintão, “Sal da Terra” é uma canção que nasceu da necessidade de comunicar algo profundo: a transformação que Deus opera em cada um. Inspirada por passagens bíblicas, mas desenvolvida como um poema pessoal, a música é um convite ao despertar espiritual. A letra fala de sede, de luz, de cura e de propósito.

“Eu caminhei só até o dia em que encontrei você”, canta Fabinho, em um início quase sussurrado, onde o violão guia uma conversa íntima com Deus — até que, pouco a pouco, a canção se abre como uma oração pública, que busca alcançar quem ainda caminha na escuridão.

O diferencial do single, segundo a própria banda, é exatamente esse: não repetir fórmulas. A Torre do Rei aposta na originalidade, em misturar o gospel com o melhor do pop britânico, das raízes cristãs brasileiras, e até referências de Beatles, Elton John e Phil Collins, herdadas do ambiente musical familiar de Fabinho.

Alcance espiritual, não só digital

A expectativa com o lançamento não é apenas estatística. A banda se mantém firme em seu propósito evangelístico: alcançar almas. “Se uma pessoa for transformada por essa canção, já vencemos”, afirma Fabinho. Claro, o desejo é alcançar milhões, mas a prioridade continua sendo tocar corações — não apenas playlists.

Nova fase com a Labidad Music

A parceria com a gravadora Labidad Music, idealizada por Márcio Moreira e sua esposa, marca o início de um novo tempo. A sintonia entre banda e gravadora foi mais que estratégica — foi divina. “Deus une caminhos, une propósitos”, diz Fabinho. E esse encontro tem gerado entusiasmo, planos e sonhos grandes.

Com “Sal da Terra”, a Torre do Rei lança não apenas um single, mas uma nova missão: resgatar a identidade popular da música gospel brasileira, com letras profundas, melodias cativantes e uma sonoridade acessível, que fale com o povo, nas ruas, nas casas, nos fones e corações.

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Por Karlos Aires | ComuniKarlos